História do Karate-do e da Academia

::.:.. Karatê-do Cristóvão Colombo ..:.:


Academia Karate CCRCC


Fundação da Academia: Abril de 1983

Estilo karatê:
 Okinawa Shorin-Ryu

Número aproximado de alunos: 
70 (nov/2017), com aulas às Segundas e quartas: das 18:30 às 19:30 horas; Terças e quintas: das 18:30 às 20:30 horas e Sábados: das 15:00 às 17:00 horas. 

Professor:
 Sensei Antonio Mantelatto (7º Dan) iniciou seus treinamentos em 1975 na Academia Gonçalves (antigo Cine Politeama) com o Sensei Seijun Kanashiro, com quem se graduou faixa preta em 15 de maio de 1981.

GALERIA DE FAIXAS PRETA

História do Karate-do

Em todos os países do mundo existe, em maior ou menor grau, a arte marcial com a finalidade de preservar e prosperar seu povo e seus descendentes e, em Okinawa (Ryukyu) existia tradicionalmente o “te” como uma arte de defesa pessoal.

Okinawa é a principal ilha do arquipélago RyuKyu,formado aproximadamente por 70 ilhas, localizado entre a ilha de Taiwan e o Japão. Okinawa pertence hoje ao Japão, mas antigamente Okinawa (Ryukyu) se subdividia em três : “Hoku San”, Chu San” e “Nan San” e cada uma formava um governo autônomo, mas em 1429 foram unificadas pelo Rei ShoShin de “Chu San” em um só Reino de Ryukyu e, o governo com finalidade de preservar a estabilidade do Reino por longo tempo, adotou a política de proibição da posse de armas, na época do Rei ShoShin.

Esta proibição proporcionou um grande desenvolvimento do “te” e também do kobudo (usando utensílios de pesca, agricultura e da vida cotidiana para combate).

Entre os séculos 14 e 15,chamada “Era dourada do Comércio”, onde Okinawa se transformou num grande centro de comércio entre a China e os países Sudeste Asiático.

Em conseqüência, as relações diplomáticas, culturais e comerciais se estreitaram entre Okinawa e os países do Sudeste Asiático principalmente a China e graças ao fluxo de pessoas (monges, soldados, comerciantes e imigrantes) e de cultura entre Okinawa e a China, o Okinawa-te foi enriquecido pela da arte marcial chinesa (chugoku kenpo) e outras artes marciais vindas do exterior, como a de Taiwan entre outras. Desta forma a arte de luta foi transformada e começou a ser chamada de To-de ou To-te . A palavra “To” representava primeiro a dinastia Tang, da China, e posteriormente passou a representar a própria China; To-de significava, então, “mão chinesa” devido à grande influência do Kempo sobre esta arte marcial okinawense (Okinawa-te).

Em 1609, na invasão de Okinawa pelo Japão (clã Satsuma) foram proibidos o uso e a posse de armas e, isso causou um fator inevitável para o desenvolvimento de “te” (carate) como arte de defesa pessoal. Pela Conversa dos anciões, os samurais de Okinawa (praticantes de caratê) se escondiam dos olhares de outras pessoas durante o dia e, treinavam à noite secretamente, longe de lugares habitados, dentro de matas de montanhas, para aumentar seus golppes de punhos tendo como parceiro de treinamento a natureza tais como árvores e rochas.

Com a tradição de várias épocas, os samurais de Okinawa acrescentaram à capacidade de “te” os elementos espirituais como boas maneiras de conduta e educação, se esforçando para o estabelecimento do caminho da arte marcial “Budo”, e o desenvolvimento para o atual “carate-do”.

Havia naquela época três cidades muito importantes em Okinawa: Shuri (a capital), Naha e Tomari Gusuku (distrito de controle direto da dinastia), e devido ao desenvolvimento do Te em cada uma delas ser um pouco diferente, cada “estilo” adotou o nome da cidade onde estava sendo desenvolvido. Assim surgiram o Shuri-te , o Naha-te e o Tomari-te.

O Shuri-te era um estilo considerado como derivado do “Shaolin externo”, bastante explosivo e rápido. Um dos grandes mestres deste estilo foi Sokon "Bushi " Matsumura (1809-1901), aluno do mestre Sakugawa. Este mestre ensinou sua arte não só aos habitantes de Shuri como a alguns praticantes das outras cidades. O Naha-te era um estilo forte e que fazia ênfase na respiração e como tal, foi descrito como “Shaolin interno”.

O “Shuri-te” era chamado de escola Shorin e “Naha-te” de escola “Shorei”. Na época de seus melhores discípulos, a escola “Shorin” (mata luminosa) foi denominada de escola “Shorin” (mata pequena) pelo professor Choshin Chibana (falecido) e a escola “Shorei” denominada “Goju” pelo professor Chojun Miyagui (falecido) e assim continua até hoje.

Quanto a “Tomari-te” é uma mistura de “Shuri-te” e “Naha-te” e quanto a sua sucessão resta uma parte como a associação “Gohaku”.

Atualmente, associaram a estas 3 escolas mais duas: Uechi-ryu e Matsubayashi-ryu, formando 5 principais estilos. Porém, atualmente, estas 5 principais escolas se ramificaram em várias outras escolas devido a diferença de pensamento de seus discípulos.


HISTÓRIA DO KARATÊ-DO EM PIRACICABA

O Karatê da cidade de Piracicaba teve início com a chegada na cidade do Professor Norio Haritani, que fixou residência e fundou no mesmo local a Associação Piracicabana de Karatê, estilo Shotokan, que se localizava na Rua Treze de Maio, esquina com a Rua Alferes José Caetano, local esse que por muitos anos funcionou a agência de Correios e Telégrafos de Piracicaba.

O Professor Norio, morava juntamente com um jovem descendente de japoneses, que cursava Agronomia na ESALQ, isso nos anos de 1968 a 1971, aproximadamente.

Daquela turma inicial de praticantes de Karatê, estava Otávio José Spigolon, então com 13 anos de idade, o único professor em atividade na cidade de Piracicaba que participou da primeira turma de praticantes de Karatê.

Por motivos de dificuldades financeiras, o Prof. Norio deixou Piracicaba e fixou-se na cidade de Londrina-PR.

Tempos depois, um engenheiro de origem nipônica, contratado pelas Indústrias Dedini, que era praticante de Karatê, ministrou aulas a um grupo de amigos por breve espaço de tempo, no Clube Regatas de Piracicaba.

A Faculdade de Engenharia de Piracicaba, mantida pela Prefeitura Municipal, era muito procurada por alunos interessados em ingressar na carreira de engenharia civil e sendo referência estadual nessa carreira, justamente por esse motivo, ingressa no curso de engenharia o jovem SEIJUN KANASHIRO, filho do mestre YUKO KANASHIRO, 9º Dan do estilo Shorin-Ryu, da escola Shido-Kan.

Sensei Seijun Kanashiro, faixa preta, 3º Dan, começa a ministrar aulas na antiga sede da Indústria Boyes a alguns alunos, e mais tarde funda a Associação SHIDO-KAN de Piracicaba, que funcionava na Academia de Judô Mubarak dos irmãos Paulo e Luiz Carlos, na praça Central de Piracicaba, no 3º andar do Edifício que por muitos anos abrigou um dos maiores cinemas de Piracicaba, o Cine Politeama.

Nessa turma inicial de praticantes, estilo Shorin-Ryu do Prof. Seijun Kanashiro, estavam os professores Antonio Mantelatto (Cristovão Colombo), Edson Jorge Aidar (Academia Sany/Clube Atlético Piracicabano), Julio Takashi Kawaguchi (Clube de Campo), Miguel Carmo de Carvalho (Carvalho), Otávio José Spigolon (Sport Way) e Vlamir Marques Silva (CAT-Clube), sendo portanto, os mais antigos praticantes de Karatê em atividade de Piracicaba.

Em 1977, na Sociedade Recreativa Palmeiras de Piracicaba, o Prof. Miguel Carmo de Carvalho começa a ministrar aulas aos sábados à tarde e o Prof. Otávio Spigolon a convite de Vlamir Marques Silva, começa a ministrar aulas aos domingos de manhã, também na Sociedade Recreativa Palmeiras.

O Prof. Antonio Mantelatto, fundou em 1980 a Associação de Karate Shorin-Ryu São Fidelis no Seminário Seráfico São Fidelis em Piracicaba e, em 1983, o Departamento de Karatê no Clube Cultural e Recreativo Cristovão Colombo, estando até hoje em franca atividade.

O Professor Miguel de Carvalho, deixa a Sociedade Recreativa Palmeiras para fundar a Associação Carvalho de Karatê.

O Clube de Campo de Piracicaba iniciou o Departamento de Karatê com o Prof. Seijun Kanashiro e posteriormente o Prof. Otávio Spigolon assumiu as aulas na ausência do Sensei Seijun Kanashiro, tendo se afastado mais tarde, sendo que o Prof. Julio Kawaguchi assumiu o comando das aulas de Karatê por muitos anos, tendo o clube extinguido o Departamento de Karatê posteriormente.

O Prof. Vlamir Marques, fundou a Associação San Konjo Kiokai que funcionou por muitos anos na antiga sede da Associação dos funcionários da Mausa, no antigo Estádio Roberto Gomes Pedrosa (foi demolido e atualmente abriga um grande supermercado). O Prof. Vlamir Marques, agora como funcionário da empresa Caterpillar, transfere seus alunos para o Clube da Empresa, CAT-Clube.

O Professor Edson Jorge Aidar ministrou aulas na Academia Sany entre 1981 e 1983 e no Clube Atlético Piracicabano entre 1983 e 1990. Com sua transferência para São Paulo efetivou-se como professor concursado de Defesa Pessoal da ACADEPOL. Participa ativamente das aulas especiais e eventos da Shinshukan do Brasil.

Pelos ensinamentos dos professores Antonio Mantelatto, Miguel Carmo de Carvalho, Otávio José Spigolon, Vlamir Marques Silva, Julio Kawaguchi e Edson Jorge Aidar, muitos professores se formaram e passaram a ajudar a disseminar a prática do Karatê na cidade de Piracicaba, destacando os professores Lair Moretti (Academia Moretti), Moacir Forti (Forti Sport), Silvio Moacir Giatti (Associação Giatti), Marcolino Malosso Filho (Selam) que mantém academias em atividades na cidade e José Áureo Batista Domingues, que também foi o responsável pelo Departamento de Karatê no Clube Atlético Piracicabano, receberam a faixa preta das mãos do prof. Miguel Carmo de Carvalho, Otávio José Spigolon e Antonio Mantelatto, respectivamente. O Karatê competitivo de Piracicaba sempre teve grandes atletas que se destacaram no cenário nacional e internacional, mas não nos atrevemos a citar nomes e conquistas para não cometer injustiças ao omitir nomes importantes, certamente.

Os primeiros professores de Piracicaba: Mantelatto, Miguel, Otávio e Vlamir juntamente com Júlio e Edson muito fizeram e ainda fazem para a divulgação do Karatê em nossa cidade e região, pois antigamente eram realizadas muitas demonstrações e poucas competições, tendo em vista a necessidade de expandir o Karatê budô.